"ODE AO VINHO"
Pablo Neruda
Vinho cor do dia vinho cor da noite vinho com pés púrpura o sangue de topázio vinho, estrelado filho da terravino, liso como uma espada de ouro, suave como um desordenado veludo vinho encaracolado e suspenso, amoroso, marinho nunca coubeste em um copo, em um canto, em um homem, coral, gregário és, e quando menos mútuo.
O vinho move a primavera cresce como uma planta de alegria caem muros, penhascos, se fecham os abismos , nasce o canto. Oh tú, jarra de vinho, no deserto com a saborosa que amo, disse o velho poeta. Que o cântaro do vinho ao peso do amor some seu beijo.
Amo sobre uma mesa,quando se fala,à luz de uma garrafa de inteligente vinho. Que o bebam, que recordem em cada gota de ouro ou copo de topázio ou colher de púrpura que trabalhou no outono até encher de vinho as vasilhas e aprenda o homem obscuro, no ceremonial de seu negócio, a recordar a terra e seus deveres, a propagar o cântico do fruto.
1 comentários:
Que coisa u é minha manuda memso rsss, acabei de chegar e vom dar uma postadinha antes de sentar e tomar um vinho com minha tia. Fomos comer na Ilha, mas tá desabando o mundo e resolvemos voltar antes de ficarmos presas rssss. Neruda? Tem cara melhor pra fazer Ode, manuda? Beijokassss
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